Áreas escolhidas para explorações de lítio são as mais fustigadas pelos incêndios

Áreas escolhidas para explorações de lítio são as mais fustigadas pelos incêndios

As áreas escolhidas pelo Governo para receberem explorações de lítio são as mais fustigadas pelos incêndios, mas os ecologistas acreditam que se trata apenas de uma “coincidência”.

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Na Guarda, o distrito que tem sido mais afetado pelos incêndios florestais, encontram-se quatro das seis grandes áreas escolhidas pelo Governo para receberem explorações de lítio. Duas dessas áreas estendem-se por 859 quilómetros quadrados, nos concelhos de Almeida, Pinhel, Trancoso, Meda, Sabugal e Guarda.

As outras duas áreas, com um total de 336 mil quilómetros quadrados, incluem também concelhos dos distritos de Castelo Branco, de Viseu e de Coimbra.

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As duas áreas restantes, que não se encontram na Guarda, pertencem aos distritos de Braga, Porto e Vila Real.

O presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, acredita que esta situação é apenas uma “coincidência”, uma vez que a “evolução” das chamas teve a ver com as “condições climáticas e a estratégia de combate”. Além do mais, na área protegida do Parque Natural da Serra da Estrela, onde arderam dezenas de milhares de hectares, “não é permitida a mineração”.