Contribuintes vão pagar pelo menos 21 milhões de euros na vinda do Papa a Portugal

Contribuintes vão pagar pelo menos 21 milhões de euros para a vinda do Papa a Portugal

Câmara de Lisboa está disponível para pagar até 35 milhões de Euros para a realização do maior evento católico do Mundo, com a vinda do Papa a Portugal, mas valores podem chegar aos 90 milhões. 21 milhões já estão assegurados.

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A organização da Jornada Mundial da Juventude e da vinda do Papa a Portugal vai ter custos a rondarem os 90 milhões de euros. Evento decorrerá em agosto do ano que vem. O Governo ainda não adiantou o valor da comparticipação do Estado Central para a concretização do maior evento católico do Mundo.

A Câmara de Lisboa já fez saber que está disponível para investir até 35 milhões de euros e o presidente, Carlos Moedas, assegurou que uma primeira tranche, de 21 milhões, já mereceu aprovação do Executivo.

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O autarca lisboeta não deixou de manifestar a sua “perplexidade” por o Governo, liderado por António Costa, nunca ter dado conta da sua contribuição para a realização da iniciativa.

“No início estiveram todos de acordo, mas agora chegamos à parte operacional, de quem põe as casas de banho, de quem limpa o terreno, de quem faz o quê”, disse Carlos Moedas, na reunião da Câmara de Lisboa, na passada quarta-feira, acrescentando que “os compromissos assumidos pelo Estado, direta e indiretamente, sejam, no mínimo, paritários com o esforço feito pela autarquia de Lisboa”.

A candidatura que o patriarcado de Lisboa apresentou no Vaticano, um ano antes da Jornada de 2019 no Panamá, indicava que a Câmara de Lisboa e o Governo assumiriam a questão financeira inerente à realização da Jornada, que devem juntar mais de um milhão e meio de jovens em Lisboa.

De resto, os jovens que participam no evento são convidados a adquirir um kit (no Panamá custava oito euros), cujo lucro reverte para despesas na organização do evento.

Fonte da organização disse ao Correio da Manhã que, “nesta fase da operacionalização, têm aparecido alguns solavancos”, mas assegurou que “tem havido apoio e empenho de todas as entidades envolvidas”.