Declarações de Cabrita rejeitam indemnização à família de Nuno Santos: “Foi ele quem atravessou a via”

Declarações de Cabrita rejeitam indemnização à família de Nuno Santos: "Foi ele quem atravessou a via"

Culpas imputadas a Nuno Santos, o trabalhador mortalmente atropelado na A6 pelo carro onde seguia o Ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita.

Links patrocinados

Apesar de não existiram conclusões oficiais sobre o acidente que tirou a vida Nuno Santos, trabalhava em reparações na A6, em Estremoz, na passada sexta-feira, dia 18 de junho, as declarações escritas do gabinete de Eduardo Cabrita imputam a culpa ao trabalhador, afirmando que foi ele quem atravessou a via.

Com isto, a seguradora não pagará nada até que a investigação termine. Foi aberto um inquérito, mas não há prazo de terminar. Pode demorar vários anos e é preciso determinar, por exemplo, a que velocidade seguia o BMW governamental.

Links patrocinados

Para além disso, sabe-se já que o carro oficial onde seguia Eduardo Cabrita não tinha assistência em viagem, desconhece-se os termos do seguro. Há vários carros do Estado que estão isentos de seguro, o que será o caso.

Leia Também: Viúva do trabalhador atropelado mortalmente por carro de Cabrita em desespero: “As minhas filhas vão morrer à fome”

Marta e as duas filhas, de 15 e 19 anos, estão desesperadas com a morte de Nuno Santos. Numa entrevista, a viúva do trabalhador, de 43 anos, lamentou que nenhuma entidade do Estado tenha ainda perguntado se precisava de ajuda.

Nuno Santos era o sustento da casa. Trabalhava numa empresa que faz manutenção à autoestrada e estava no separador central a limpar a berma. Testemunhas garantem que ainda estava a atravessar o separador central quando foi colhido pela viatura ligeira de Eduardo Cabrito.