Educadora de infância enfia papel higiénico na boca de criança e senta-a na sanita para não fazer barulho em Gaia
O Tribunal da Relação do Porto ordenou o despedimento de uma educadora de infância que enfiou papel higiénico na boca de uma criança para não fazer barulho.
O incidente ocorreu a 22 de janeiro de 2020, quando a educadora de infância, que trabalhava há 17 anos na Instituição Particular de Solidariedade Social, em Gaia, pegou numa criança entre os dois e os três anos de idade e a colocou sentada numa sanita de adulto, com papel higiénico enfiado na boca, para não se ouvir o seu choro.
A criança não podia retirar o papel da boca, uma vez que tinha que usar as duas mãos para se apoiar na sanita de adulto, para não cair.
Segundo o acórdão, a educadora terá sido confrontada por uma auxiliar devido à situação em que colocou a criança, mas admitiu não ver qualquer mal nas suas ações.
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A educadora foi alvo de um processo disciplinar em março de 2020 e o caso foi encaminhado para o Tribunal do Trabalho de Vila Nova de Gaia, que concordou com o despedimento e condenou a mulher ao pagamento de uma indemnização de mil euros à entidade empregadora e ao pagamento de 306 euros de multa por litígio de má-fé.
A mulher recorreu da decisão para o Tribunal da Relação do Porto, que confirmou a sentença do Tribunal do Trabalho.
