Engenheiro criava engenhos para atear fogos para ver aflição das pessoas

Engenheiro criava engenhos para atear fogos para ver aflição das pessoas

Um engenheiro eletrotécnico fabricava engenhos capazes de agendar incêndios, para atear fogos longe do local e ter um alibi.

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Nelson Afonso, um engenheiro eletrotécnico, foi ouvido por um juiz no Tribunal de Castelo Branco, por suspeitas de atear fogos com recuso a dispositivos caseiros. O homem admitiu ter ateado os quatro incêndios que lavraram na Sertã e Proença-a-Nova, este domingo. Quando questionado pelos motivos das suas ações, Nelson negou ser movido por questões económicas ou particular prazer em ver as chamas evoluir. Queria ver a aflição das pessoas a fugir ao fogo.

O homem ficou em prisão preventiva, graças às provas recolhidas pela Polícia Judiciária do Centro e à sua confissão. O homem atuava de forma extremamente detalhada, considerando as condições meteorológicas e o local. Escolhia atear os fogos em vales, para que as chamas lavrassem serra acima.

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A PJ recolheu 16 engenhos produzidos pelo engenheiro eletrotécnico, parte deles deflagrados. Os engenhos eram constituídos por pilhas de 9 volts, baterias, lâmpadas, cabeças de fósforo e um temporizador. O temporizador permitia fechar o circuito num momento determinado pelo incendiário, permitindo a ignição. Isto significa que Nelson poderia estar a trabalhar, ou em qualquer outro lugar, quando o incêndio iniciasse, tendo sempre um alibi. O temporizador podia ser programado até 11 dias.