Ex-militares portugueses regressam da Ucrânia. Conheça o inferno por onde passaram

Cinco dos sete ex-militares portugueses que foram ajudar a Ucrânia a combater a Rússia estão de regresso a Portugal para recrutar mais gente para combater e mais meios para transportar de volta para a Ucrânia.

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O grupo de ex-militares portugueses encontravam-se na base de Yavoriv, na Ucrânia, quando esta foi atacada. Por volta das 4h00 da manhã, foram acordados pelos bombardeamentos que atingiam a base. “É um míssil, é um míssil! Fujam!”, gritavam enquanto fugiam, de boxers e descalços por não terem tido tempo de se vestir.

“Foi um autêntico inferno, nem sei como sobrevivermos”, conta Vitaliy Kalynyuk, o ex-militar luso-ucraniano. “É tudo uma questão de sorte. Os carros eram atingidos e voavam para cima de nós. Se caíssem ao pé a 200 metros de distância, já tínhamos sorte”, acrescentou.

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O ex-comando Bruno Franco escreveu no seu Instagram que “só sabe quem lá esteve nessa noite”, junto de fotografias do rescaldo da tragédia em Yavoriv.

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Após a experiência traumática em Yavoriv, alguns dos ex-militares quiseram regressar a Portugal. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, dos “sete cidadãos nacionais” que se deslocaram para a Ucrânia “a título de ‘combatente voluntário'”, cinco manifestaram já vontade de “abandonar território ucraniano, o que já estarão a fazer”.