O relato avassalador de Moita Flores após enfarte do miocárdio: “Estive junto à morte. Vi regressar o sol”
Francisco Moita Flores sofreu um ataque cardíaco no passado dia 11 de setembro e encontra-se internado até hoje, a recuperar. O antigo inspetor da PJ escreveu um relato avassalador sobre a forma como enfrentou a morte.
No passado dia 11, Francisco Moita Flores, de 69 anos, encontrava-se a dar autógrafos na Feira do Livro, quando sentiu uma forte dor no coração: um enfarte do miocárdio. Foi internado de urgência no Hospital de Santa Maria e sujeito a uma intervenção complexa, mas tudo correu bem e encontra-se agora a recuperar.
“Têm sido tantas as mensagens, tantas manifestações de carinho, de votos de boas melhoras, que seria injusto da minha parte ficar indiferente ao testemunho de afeto dos meus leitores”, começou por escrever o escritor, numa mensagem endereçada aos leitores.
Leia Também: Afastado das novelas há três anos, ator José Wallenstein vive drama na vida
“Estive junto à morte. Vi regressar o sol. Percebi que o enfarte não é assim tão traiçoeiro. Sendo mau, é a tradução de muitas coisas boas: o prazer do petisco, do cigarro num conjunto de prazeres que sabem bem mas no longo prazo fazem muito mal”, explicou.
Francisco Moita Flores terminou a mensagem com uma lição de vida. “Deixe-me que partilhe consigo a lição que o enfarte me ensinou: goze os prazeres que a vida nos dá, mas imponha os limites. Não faça do cigarro uma religião. Nem do álcool. Nem da boa mesa. Goze com regras a sua vida. Pode ser feliz sem excessos, que eu, neste momento, sem excessos, estou a esforçar-me para regressar à vida e dar um pontapé na ameaça de morte que o enfarte enceta”, concluiu.
