Mulher com cancro terminal obrigada a escolher qual dos quatro filhos pode ver nos últimos dias de vida
Pandemia obriga hospitais a terem medidas mais restritivas.
Uma mulher em estado terminal, com apenas alguns dias de vida, foi obrigada a escolher qual dos seus quatro filhos a podia visitar na unidade hospitalar onde está internada.
O relato foi feito por uma enfermeira do Reino Unido que participou num estudo sobre enfermagem em tempos de pandemia de Covid-19.
“Tivemos uma residente de cuidados paliativos no final da vida devido a um tumor cerebral que se recusou a receber a visita de sua família porque não conseguia escolher qual dos quatro filhos a poderia ver”, afirma.
“Desliguei o telefone e chorei. Dar más notícias a alguém pelo telefone, sem saber onde ele está e com quem está, sem segurar a mão ou sentar com ele, foi horrível”, acrescenta ainda.
A pandemia obriga a medidas muito restritas no que toca a visitas hospitalares. As famílias são então “privadas” de se poderem despedir dos seus entes queridos.
O estudo aborda ainda as dificuldades acrescidas a que os enfermeiros estão sujeitos quando têm de falar com as famílias dos pacientes.
