“Perdoem-nos… pensávamos que estávamos a libertar a Ucrânia dos nazis”: o apelo do tenente-coronel russo ao revelar que o Kremlin lhes mentiu

Um comandante russo capturado implorou por “perdão” pelas forças de Putin que estão a atacar a Ucrânia, referindo que foram enganadas e levados a invadir o país vizinho pela falsa crença de que o governo havia sido derrubado pelos nazistas.

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O homem, que disse ser um tenente-coronel da unidade especial de resposta rápida da guarda nacional russa, disse que os compatriotas sofreram “lavagem cerebral” para apoiar a guerra, mas – tendo visto a situação na Ucrânia por si mesmo – ele agora admite sentir “vergonha” ao participar e diz que os ucranianos estão a fazer o correto em resistir.

Mikhailovich disse que as suas dúvidas intensificaram quando viu dois dos seus lutadores de box favoritos – Oleksandr Usyk e Vasiliy Lomachenko – aceitar em lutar pela resistência.

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Estas declarações ecoam entre outros prisioneiros russos entrevistados por forças ucranianas, que disseram que a ordem de ataque veio em pouco tempo, que lhes foi dito que o governo ucraniano havia sido derrubado e que eles estavam a entrar para ‘libertar’.

Mikhailovich insistiu que estava a falar de livre vontade. Ele disse que os seus comentários não foram “pré-fabricados” e não foram resultado de pressão ou intimidação dos seus captores ucranianos.

Relatando os primeiros dias da invasão, ele disse que a ordem para entrar na Ucrânia veio de repente, e que apanhou a sua unidade de surpresa. Ele e os seus companheiros foram informados de que a Ucrânia estava sob controlo de “um regime fascista”, que “nacionalistas e nazistas haviam tomado o poder” e que o povo da Ucrânia precisava de ajuda para se livrar deles.

Veja o vídeo das suas declarações partilhada nas redes sociais: