Português que matou a família arrisca prisão perpétua na Suíça: “Atirou a matar sem mostrar escrúpulos”
As alegações finais da procuradora do Ministério Público de Northern Vaud, na Suíça, foram demolidoras para Américo Reis, o português que matou a família na Suíça, em abril de 2018.
A magistrada responsável pelo julgamento do português de 53 anos pediu a pena máxima para o arguido: prisão perpétua.
Segundo a procuradora Elodie Pasquier, não faltam razões para o pedido. “Américo Reis mostrou ser ciumento e possessivo. Não suportou que a família escapasse dele e ainda perder o ‘status’ de pai”, explicou a procuradora.
Segundo a acusação, foram estes os motivos na origem dos homicídios de Anabela e Paulo Reis, mulher e filho de Américo Reis, com 45 e 18 anos. Morreram com 30 disparos de pistola na madrugada de 25 de abril de 2018. O português está detido preventivamente desde então.
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Poucos dias antes do crime, as duas vítimas saíram da casa partilhada pela família. A intenção era afastarem-se do agressor, que foi incapaz de aceitar a decisão da companheira. O filho mais novo do casal também mudou de casa com as vítimas, mas escapou ao massacre por se encontrar na escola no momento do desastre.
“Não disparou em todas as direções. Escolheu a cabeça, tórax e abdómen das vítimas e atirou com método”, explicou a magistrada. Américo Reis nega ter havido intenção de matar, mas confirma os desentendimentos com a família.
A leitura do acórdão está marcada para segunda-feira.
