Revolta com morte violenta de Samuel: “Ou paras de gravar ou mato-te, maricas”

Revolta com morte violenta de Samuel: "Ou paras de gravar ou mato-te, maricas"

A Espanha uniu-se contra a homofobia, com milhares de pessoas na rua em manifestação pelos direitos dos LGBT+, depois de um jovem homossexual de 24 anos ter sido morto por um grupo de pessoas.

Samuel Luiz Muñiz, um jovem de apenas 24 anos, foi morto na madrugada de sábado, 2 de julho. O jovem estaria a fazer uma videochamada, junto de duas amigas, quando foram abordados por um homem, que o ameaçou: “Ou paras de gravar ou mato-te, maricas“. Samuel reagiu e foi imediatamente agredido, mas a intervenção de outro jovem impediu que a situação agravasse.

Desconfortáveis com a situação, Samuel e os amigos quiseram ir embora do local. O jovem pediu a uma das amigas para ir buscar o seu telemóvel dentro do bar onde se encontravam, mas, quando a rapariga voltou, o jovem tinha desaparecido.

Ouvi alguém gritar: maricas de merda!”, revelou Lina, amiga do jovem. Quando chegou ao local, Samuel estava inconsciente, deitado no chão. Os agressores fugiram.

Os esforços feitos pelas equipas de socorro não foram suficientes para salvar Samuel e o jovem acabou por falecer no local.

A polícia identificou sete pessoas diretamente envolvidas nas agressões. Várias testemunhas garantem que os agressores gritavam “seu maricas do c******“, enquanto pontapeavam e esmorravam o jovem.

A Espanha uniu-se contra a homofobia e milhares de pessoas encheram as ruas da Corunha, Madrid e Barcelona, em manifestações pelos direitos dos LGBT+.

Durante o ano de 2019, em Espanha, foram denunciados 278 crimes de ódio relacionados com a orientação sexual ou a identidade de género. A Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia admite que apenas uma fração dos crimes de ódio são reportados às autoridades.