Tony Carreira, de 58 anos, ainda se encontra em desespero profundo por causa do processo em tribunal que visa apurar responsabilidades pelo falecimento da filha Sara Carreira.
A investigação do fatídico acidente que vitimou Sara Carreira, na A1, encontra-se em pausa, cerca de um ano e meio depois do acontecimento.
A juíza responsável pelo processo diz que o documento apresentado pela procuradora do Ministério Público com a acusação está incorreto. Este impasse tem deixado Tony Carreira e a restante família em desespero e angústia profunda. Sem respostas concretas, a família não consegue ter paz e fazer o luto pela partida de Sara.
Esta semana, Tony Carreira, no programa ‘Dois às 10’, da TVI, disse: “A nossa Justiça é a miséria que é, estou há dois anos para saber o que é que aconteceu à minha filha”.
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Apesar de Ivo Lucas e a fadista Cristina Branco estarem a ser acusados de homicídio por negligência, Tony Carreira sublinha que o seu objetivo não é encontrar culpados.
“A Justiça está neste estado porque para quem manda é interessante que seja assim. A juíza e a procuradora… uma diz que não concorda com o processo, outra diz que concorda… E entretanto está aqui um pai à espera que me digam a mim qualquer coisa. A única coisa que exijo saber como pai é o que aconteceu, porque culpar alguém não resolve absolutamente nada”, reforçou.
Apesar de ter encontrado um porto de abrigo na música e na Associação que criou em homenagem à filha, Tony Carreira diz que não consegue encontrar paz.
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“Quando alguém tem uma perda significativa entra num processo de sofrimento emocional e psicológico muito profundo. Mas não pode permanecer nesse estado porque compromete a sua saúde física e emocional. É por isso que o nosso cérebro inicia um processo para se recompor, o luto. Mas o luto só começa quando nos conformamos com o ‘já não há nada que possamos fazer’”, refere o psicólogo Quintino Aires.
“Quando Tony Carreira tiver uma resposta, pode iniciar o processo de luto, mas não significa que isso vá acontecer imediatamente. É preciso reunir certas condições, nomeadamente a estrutura psicológica da própria pessoa, a estrutura social, a rede afetiva que tem, as perspetivas para a própria vida”, disse ainda o psicólogo.