“Um dia após o meu suicídio”

Um dia após o meu suicídio

“Um dia após o meu suicídio, apaixonei-me pelo meu marido ao vê-lo chorar no chão do quarto, abraçado à minha camisa suja de sangue com as minhas fotos espalhadas à sua volta. Eu vi tanto amor nos olhos dele!

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Um dia após o meu suicídio, eu senti o quanto os meus pais me amavam, por mais que muitas vezes eles fossem durões. No meio de tanta tristeza, eles falavam com os olhos cheios de lágrimas o quanto sentiam orgulho de mim e o quanto eu era sensível com o próximo!

Um dia após o meu suicídio, vi que o Zé Bob (o meu cão) era mais incrível do que eu podia imaginar. Sempre que alguém saia do elevador, ele corria para a porta e esperava por mim, ao ver que não era eu, deitava-se em frente à porta e continuava a esperar-me!

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Um dia após o meu suicídio, encantei-me pelos meus irmãos ao vê-los sentados na sala com os olhos cheios de lágrimas. Eles lembravam-se das vezes em que brincávamos na nossa infância… Que época linda!

Um dia após o meu suicídio, eu senti o quanto era querida e amada por aquele grande amigo. Ele estava a olhar as nossas fotos juntos, e lembrava-se de todos os nossos momentos! Ele chorava por tantas vezes não ter tido tempo e ter rejeitado os meus convites.

Um dia após o meu suicídio, senti que era importante para muitos amigos. Eles culpavam-se por não terem feito nada. Já de noite, fui até à morgue ver o meu corpo. Incomodou-me. Olhei para mim e disse: Tantos sonhos que tínhamos. Tantos amores. Tanta gente para conhecer. Tinhas pessoas que te amavam e mesmo assim, mandaste tudo para o alto.

Felizmente isso foi só um sonho. Ainda estás aqui e podes mudar a tua vida para sempre. A vida não é tão má como às vezes parece. Existem pessoas que te amam, que te querem por perto! Dá mais uma chance para a vida e às pessoas que estão ao teu lado. Existe cura para a dor, abre-te com alguém. Já superaste tantas coisas, tenta mais uma! Não estás sozinho(a)! Procura um profissional que te possa ajudar. VAI FICAR TUDO BEM!!!

A dor da alma é algo que não encontramos remédios em cápsulas, só poderemos achar “remédios” em abraços apertados, olhos nos olhos, cafunés, colo sem críticas e ombros amigos… O mais difícil é encontrar pessoas dispostas a nos medicar!”