Susan Clarke, de 74 anos, morreu de cancro na cadeia de Tires, onde se encontrava a cumprir pena desde 2019 por ter sido apanhada a traficar cocaína com o marido.
Susan Clarke foi apanhada juntamente com o marido em Santa Apolónia, em Lisboa, em 2018. O casal tinha embarcado num cruzeiro em Inglaterra e recebido quatro malas com nove quilos de cocaína em Santa Lucia, nas Caraíbas, durante uma das paragens do cruzeiro. O casal alegou desconhecer o conteúdo das malas, dizendo que lhas teriam sido entregues por um amigo chamado Lee, para posterior venda, sem saberem que continham droga. A juíza condenou ambos os idosos a oito anos de prisão, separados.
Susan Clarke sofria de cancro da mama e iria ser transferida para uma prisão no Reino Unido, para cumprir o resto da pena perto da família, mas a doença viria a tornar impossível a transferência.
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“Ela estava a lutar contra o cancro, mas os médicos em Portugal decidiram que não havia nada a fazer, por isso pararam o tratamento. Ela estava com tantas dores. O Roger achava que tinham ganho a batalha para a trazer de volta para o Reino Unido, e ficou devastado ao saber que isso não seria possível”, revelou um familiar, acrescentando que as últimas horas da mulher foram “uma tortura” e a mulher estava “em agonia”.
“Deram-lhe uma sentença de morte. Morreu numa prisão no estrangeiro, longe de todos os que a amavam”, afirma um familiar, indignado.