Morreu Joana Varanda, a jovem advogada com cancro que não teve direito a baixa

Morreu Joana Varanda, a jovem advogada com cancro que não teve direito a baixa

Joana Canas Varandas, advogada e mãe de um menino de 6 meses, morreu esta segunda-feira aos 39 anos sem apoio do Estado.

Links patrocinados

Tudo parecia correr bem na vida de Joana. Fazia o que gostava e acabara de ser mãe, mas a sua vida ficou de pernas para o ar quando foi diagnosticada com uma doença oncológica.

Apesar da doença, foi obrigada a continuar a trabalhar como advogada, apesar de estar debilitada pelos tratamentos. Isto, porque nunca teve direito a qualquer apoio por parte do Estado, nem da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, para a qual fez descontos durante a sua carreira.

Links patrocinados

“O crescimento do meu filho vale muito mais do que um recurso ou uma queixa no Conselho Superior de Magistratura”, desabafou Joana antes de partir, lamentando a falta de apoio.

Leia Também: Medicamento experimental cura um em cada três pessoas com cancro no sangue

Esta segunda-feira, Joana acabou por falecer aos 39 anos, deixando um filho de seis meses.

No Facebook, a bastonária da Ordem dos Advogados lamentou que a colega tenha morrido “sem qualquer apoio institucional e do Estado e sem que a Justiça pudesse ‘parar’ para a conseguir ajudar”.

“É uma realidade medieval (…) É ao Estado que compete fazer cumprir a Constituição. Não pode continuar a fazer de conta que nada tem a ver com o que se passa com cerca de 40 mil profissionais que são seres humanos como os demais”, atirou Fernanda de Almeida Pinheiro, alertando para o caráter exclusivo da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, que não assegura direitos assistenciais aos beneficiários.