O testemunho arrepiante do primeiro bombeiro que socorreu Sara Carreira: “O Ivo estava fora do carro e só perguntava pela namorada”
Quase uma semana depois do acidente que tirou a vida a Sara Carreira e colocou o seu namorado, Ivo Lucas, no hospital em estado grave, o primeiro bombeiro a chegar ao local naquela fatídica relatou o que presenciou naquela noite.
Em declarações à revista ‘TV7Dias’, Joaquim, um bombeiro do Alentejo, revelou que se encontrava perto do local do acidente com a namorada quando parou a sua viatura para prestar auxílio ao músico, que já tinha saído do carro, pelo próprio pé:
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“Quando chegámos ao carro do Ivo, ele estava junto ao separador central, sem camisola. Estava em tronco nu, a tremer de frio, e quando falámos com ele, estava desorientado. Dizia que era tudo um sonho que lhe estava a acontecer”.
Reparou ainda que o jovem tinha o pulso partido, “Não uma fratura exposta, como disseram. Depois comecei a ver a cara dele a ficar negra, talvez de algum embate que tenha dado, porque o carro deve ter dado várias cambalhotas”.
Enquanto encaminhava Ivo Lucas para a sua viatura pessoal, Joaquim ligou para o 112: “Levámos o rapaz para o nosso carro e eu dei-lhe o meu casaco e liguei o aquecimento do carro. A minha namorada ficou com ele no nosso carro, enquanto eu estava a prestar auxílio à rapariga (Sara Carreira) que estava no carro acidentado”.
O soldado da paz relatou ainda que a jovem de 21 anos tinha o cinto colocado e que só o retirou com a devida autorização: “Estive ao telefone durante 14 minutos”. “O Ivo perguntava pela namorada e nós dissemos apenas que ela estava em estado crítico, mas que estava a ser avaliada (…) ele nem sabia bem o que lhe tinha acontecido. Disse que estava a sonhar e falou de um amigo, que morreu de acidente há dois anos e que a irmã fazia anos no dia a seguir”, afirmou.
A preocupação de Ivo era clara, perguntou várias vezes por Sara sem se aperceber que ela estava morta: “O Ivo soube que a namorada estava mal, mas não terá percebido no local que ela tinha falecido. Ele estava no nosso carro, do lado do pendura, virado com os pés para fora. Do sítio onde ele estava, se ele se virasse, ele conseguia ver o carro, mas não o local onde estava a rapariga”.
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Mais tarde, os meios de auxílio chegaram e o cantor foi levado para o hospital com um colar cervical: “Ele estava muito confuso”.
Apesar de não ter assistido ao acidente, Joaquim chegou ao local momentos depois e apressou-se a prestar auxílio. Sobre as condições da estrada, adianta que: “Não estava a chover torrencialmente, nem nevoeiro. Estava muito escuro e estava aquele spray provocado pela passagem dos carros”.