Mulher catequista morre a rezar o terço em excursão a caminho de Fátima: “É uma tragédia muito grande, ela vai fazer muita falta”

Motorista do autocarro, mulher e idoso não resistiram ao aparatoso acidente a caminho de Fátima.

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A excursão de autocarro a Fátima estava suspensa há cerca de dois anos devido à pandemia. Este ano, a União de Freguesias de Leitões, Oleiros e Figueiredo, em Guimarães, decidiu recomeçar a tradição que durava desde 2003.

O fatídico acidente aconteceu a caminho do Santuário de Fátima. O autocarro onde seguiam 38 pessoas, 37 passageiros e o motorista, quase todas da freguesia de Figueiredo, despistou-se durante a manhã deste sábado na A1, na zona da Mealhada, devido ao rebentamento de um pneu.

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O motorista do autocarro e dois passageiros, de 63, 77 e 52 anos, não resistiram aos ferimentos e perderam a vida. Há ainda 33 feridos, dos quais cinco são graves, seis inspiram cuidados e os restantes 22 são ligeiros.

Emília Castro, de 52 anos, tinha ocupado há poucos minutos o lugar da frente, ao lado do motorista. Estava a rezar o terço ao microfone, para que todos no autocarro ouvissem. Não resistiu ao violento acidente.

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Casada com um bombeiro da corporação das Taipas, que também seguia na excursão, e mãe de três filhos, um ainda menor, a mulher, que pertence ao executivo local, era um membro muito ativo na comunidade. Deixou a freguesia de luto.

“É uma tragédia muito grande, ela vai fazer muita falta, sobretudo na paróquia. Tinha um grupo coral infantil, era catequista, participava em tudo, não sei como nos vamos erguer disto”, lamentava-se Francisco Mendes, vizinho de Emília.

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Alberto Soares, de 77 anos, estava sentado no banco atrás do motorista. Morreu ao lado da mulher, que também seguia no autocarro e sobreviveu ao embate. “A mulher ligou para cá a pedir para avisarmos o filho, disse que o marido já tinha falecido”, contou.

O autocarro acidentado pertencia a uma empresa da região, chamada Roda do Rei. O proprietário era também o motorista do veículo e foi uma das vítimas mortais. António Araújo, de 63 anos, deixa dois dois filhos, um deles sacerdote. Vivia na freguesia de Airão Santa Maria, também no concelho de Guimarães.