Paciente com cancro morre após esperar meio ano por cirurgia urgente

Paciente com cancro morre após esperar meio ano por cirurgia urgente

Um homem com cancro no intestino e no rim morreu “profundamente deprimido”, ao final de seis meses de espera por uma cirurgia considerada urgente. 

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O doente foi diagnosticado com um tumor no rim em fevereiro de 2021, mas acabou por morrer 6 meses depois, no dia 17 de agosto de 2021, sem ter sido operado, apesar de se ter queixado à Entidade Reguladora da Saúde.

Na reclamação, o doente mostrou-se “profundamente deprimido”, uma vez que se sentia a “morrer lentamente por falta de cuidados”. No documento, o homem pedia para ser atendido por outro hospital, considerando que “o código postal não deve limitar a acessibilidade aos serviços de saúde, numa situação tão grave que tem vindo a piorar por incapacidade de resposta dos serviços de saúde”.

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O doente era seguido no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, antes de ser transferido para a Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, em maio de 2021, mas a unidade não tinha as “condições necessárias para a cirurgia, dada a sua complexidade”.

O regulador averiguou a queixa do doente e instruiu o hospital a “proceder à diligente emissão dos Vales Cirurgia dentro dos prazos legalmente previstos, de modo a garantir uma capacidade de resposta adequada”, sujeito a uma coima entre mil e 45 mil euros, caso não cumpra.