“Ele matou o monstro”: Mãe defende com unhas e dentes o filho que matou o pai em Algés

Tiago, de 23 anos, matou o pai, de 63 anos, no passado dia 9 de setembro, para defender a mãe e a irmã.

Links patrocinados

Tiago vivia com o pai e a mãe numa casa em Algés, onde tudo aconteceu. Tiago viu-se forçado a matar o pai, para evitar a morte da mãe ou da irmã.

A mãe de Tiago diz que “ele matou o monstro. Não se vai arrepender”. Os pais de Tiago estariam em processo de divórcio, ao fim de 34 anos de violência doméstica e décadas de agressões aos filhos do casal. A irmã de Tiago, de 33 anos, também era agredida quando visitava a casa da família, de onde saiu recentemente.

Links patrocinados

A irmã conta histórias de terror em que a personagem principal é o pai. A jovem recorda que nem podia estar na sala da sua própria casa. Foi obrigada a crescer no quarto, com o pai a bater nas portas. “Tinha prazer em torturar-me”, conta.

Tiago licenciou-se às escondidas, estudando no carro. “O pai não gostava que ele estudasse, não queria que ele tivesse um futuro”.

A mãe ficou surda de um ouvido após o pai lhe dar murros na cabeça de forma tão violenta, que lhe provocou a surdez.

Leia Também: Mãe morre ao fim de quatro dias a amamentar filhos após naufrágio

No dia 9 de setembro, Tiago pôs fim ao sofrimento da família. Depois de outro episódio de violência doméstica protagonizado pelo pai, Tiago matou-o na cozinha da casa e arrastou o corpo até ao seu quarto, para evitar que a mãe visse o cadáver.

“Perguntou quando é que a minha filha chegava a casa. Não queria que fosse eu a descobrir o pai, só me disse para não entrar no quarto. Tinha um saco na cabeça para que não o víssemos desfigurado”, contou a mãe.