Enfermeira envolvida no caso de desmembramento do amigo recebe 30 mil euros de indemnização

Enfermeira envolvida no caso de desmembramento do amigo recebe 30 mil euros de indemnização

A jovem enfermeira envolvida no caso do desmembramento de Diogo Gonçalves, juntamente com Maria Malveiro, para ficarem com a herança de jovem, vai receber 30 mil euros de indemnização por ter sido despedida do hospital.

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Mariana Fonseca, a jovem enfermeira de 25 anos que acabou por ser absolvida do crime de homicídio e desmembramento de Diogo Gonçalves, no Algarve, vai ser indemnizada com uma quantia de cerca de 30 mil euros.

A indemnização surge na sequência do despedimento “ilícito” pelo Centro Hospitalar e Universitário do Algarve. A decisão já foi confirmada em dois acórdãos do Tribunal da Relação de Évora, depois de terem sido submetidos vários recursos por parte da entidade empregadora.

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Relembre-se que Maria Fonseca passou vários meses em prisão preventiva na Cadeia de Tires juntamente com a namorada, Maria Malveiro, que se terá suicidado na prisão.

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Em abril de 2021, depois da decisão do tribunal que lhe garantiu liberdade, Mariana Fonseca tentou regressar ao Hospital de Lagos, onde  trabalhava. Já a administração da referida unidade hospitalar, não permitiu o seu regresso e despediu-a, devido aos dias que faltou ao serviço – que correspondem ao período em que esteve em prisão preventiva.

Depois do despedimento, a enfermeira recorreu para o Tribunal do Trabalho, que lhe deu razão por entender que a unidade hospitalar devia ter aberto o processo disciplinar no momento das primeiras faltas “injustificadas”.

O Hospital de Lagos recorreu da decisão, mas a Relação confirmou que a entidade empregadora será “condenada a pagar a indemnização de antiguidade à autora com base em 15 dias de retribuição-base e diuturnidades”, confirmando a sentença recorrida.

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De acordo com o advogado João Grade dos Santos, “foi confirmado o despedimento ilícito e o hospital condenado a pagar a indemnização e ainda os ordenados desde a suspensão até ao trânsito em julgado”.