Mãe defende o filho que matou o pai após décadas de violência: “Só tenho pena ter sido o meu filho a matá-lo”

Mãe defende filho que acabou com décadas de violência doméstica: "Só tenho pena ter sido o meu filho a matá-lo"

Começou esta segunda-feira o julgamento de Tiago Monteiro, o jovem de 24 anos que matou o pai, em Algés, em setembro do ano passado, após décadas de violência doméstica.

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A primeira sessão do julgamento decorreu esta segunda-feira no Tribunal de Cascais. Tiago confessou o crime, tal como o fez no primeiro interrogatório judicial, mas reitera que o fez devido ao comportamento do pai ao longo de décadas. “A violência era uma constante desde sempre”, garantiu.

O pai aterrorizou a família durante toda a sua vida. No dia do crime, Tiago e o pai envolveram-se numa discussão na cozinha da casa onde viviam. O jovem percebeu que o pai ia pegar na faca do crime, mas antecipou-se e chegou mais rápido.

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Em tribunal, a mãe contou que “foram 34 anos a viver num inferno”. “Tratava o filho por ‘maricas’ e dizia que nem servia para falar devido à gaguez em criança. Só tenho pena ter sido o meu filho a matá-lo”, afirmou.

A irmã, de 34 anos, relata o mesmo contexto familiar. Quando questionada pelos juízes se alguma vez tinham existido momentos de felicidade, respondeu que “sim”, quando o pai esteve a trabalhar no estrangeiro e ficaram “só os três” em casa.