O coronel Sergii Malyk, um militar da Embaixada da Ucrânia em França, não quer a ajuda do neonazi português Mário Machado, que foi para a Ucrânia na semana passada, para ajudar no combate às tropas russas.
“Se sabem de pessoas deste tipo que queiram ir para a Ucrânia digam. Não queremos indivíduos deste género no nosso país”, garantiu o coronel ao Diário de Notícias.
Segundo o coronel, a vontade de ajudar não é suficiente para integrar a Legião Internacional de Defesa Territorial das Forças Armadas da Ucrânia, sendo necessário cumprir alguns requisitos básicos de integridade moral.
Mário Machado, de 44 anos, esteve ligado durante várias décadas a movimentos de extrema-direita e neonazis, em Portugal, tendo sido inclusivamente líder e fundador da “Frente Nacional” e da “Nova Ordem Social”, que liderou desde a sua criação, em 2014, até 2019.
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Apesar de estar sujeito a apresentações quinzenais às autoridades, no âmbito de um processo em que é arguido por posse de arma ilegal, o tribunal permitiu a Mário Machado viajar para a Ucrânia, tendo em conta a “a situação humanitária vivida na Ucrânia e as finalidades invocadas pelo arguido para a sua pretensão”.
No entanto, Mário Machado está de regresso esta sexta-feira, sem ter sequer chegado a combater.