Cozinheira da prisão de Alcoentre faz refeição no balde da esfregona. Reclusos revoltam-se

Cozinheira da prisão de Alcoentre fez rancho no balde da esfregona. Reclusos revoltam-se

Cozinheira alegou que, antes de utilizar o balde de limpar o chão, o desinfetou bem com lixivia. Reclusos protestaram e iniciaram greve de fome.

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Uma cozinheira do Estabelecimento Prisional de Alcoentre preparou uma refeição, dentro de um balde de esfregona frequentemente utilizado para limpar o chão do estabelecimento. Os reclusos da cadeia de Alcoentre repararam no sucedido e questionaram a funcionária, que terá alegado que tinha “desinfetado o baldo com lixivia”, revela a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso, citada pelo Jornal de Notícias.

Os vários reclusos que repararam na falta de higiene da preparação da refeição, pediram de imediato a substituição do prato, pedido esse que foi rejeitado. Após isso, cerca de uma centena de reclusos recusou comer e foi feito um “levantamento de rancho”, prometendo continuar o protesto nas próximas refeições.

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Em conjunto, os reclusos decidiram enviar um abaixo-assinado ao Diretor-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais a denunciar o caso “absolutamente vergonhoso”, revela a mesma fonte.

Ainda segundo a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso, que tomou conhecimento do caso, o responsável máximo das prisões nacionais deu ordens para impedir o regresso daquela cozinheira ao referido Estabelecimento Prisional.

“Perante esta atitude, a APAR, ao lado dos reclusos na sua justa luta e revolta, pede agora, quando a razão lhes foi reconhecida, e perante a atitude firme e rápida da Tutela, que terminem o protesto evitando, assim, um qualquer conflito”, escreve a associação num comunicado feito esta quinta-feira.