Salgado alega ter demência e Alzheimer para evitar ser julgado em Tribunal

Salgado diz que tem demência para evitar ser julgado em Tribunal

O ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, alega demência para evitar o julgamento na Operação Marquês.

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O ex-banqueiro alega ter vindo a “sentir dificuldades e lapsos de memória e, ainda, desgaste emocional, físico e psicológico”. A defesa de Ricardo Salgado pediu ao tribunal uma perícia médica do foro neurológico, mas a decisão está agora nas mãos do juiz Francisco Henriques.

Ricardo Salgado tem sido acompanhado no centro clínico da Fundação Champalimaud e no Centro Neurológico Sénior, com o objetivo de investigar “um quadro de declínio cognitivo”. O especialista que realizou o relatório médico incluído no processo revelou que tem sido verificada no arguido uma “dificuldade crescente para a realização de tarefas cognitivas e perda progressiva de autonomia”, acrescentando que se está a investigar um “quadro clínico de síndrome demencial, nomeadamente uma doença de Alzheimer”.

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A defesa de Ricardo Salgado considera “estritamente necessária e obrigatória” a realização de uma perícia do foro neurológico ao arguido, uma vez que é importante saber se “a sua capacidade cognitiva, incluindo a nível de memória e capacidade de interação de resposta está afetada”.

A defesa do arguido requer que a perícia seja feita por um serviço médico oficial, nomeadamente o Laboratório de Estudos da Linguagem da Clínica Universitária de Neurologia da Faculdade de Medicina, da Universidade de Lisboa.

Só depois das férias judiciais, em setembro, deverá haver uma decisão. O diagnóstico poderá ditar o rumo do julgamento.