Grávida de seis meses agredida violentamente com murros e pontapés

Grávida de seis meses agredida violentamente com murros e pontapés

O Tribunal da Relação de Évora condenou um homem a quatro anos de prisão efetiva por violência doméstica.

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O tribunal dá como provado as discussões “quase diárias”, com ameaças, pontapés, murros e violações sexuais. Insultava a companheira de “put*, entre outros impropérios do mesmo género com o intuito de a rebaixar, humilhar e diminuir”.

O agressor, antigo estivador e reformado por invalidez desde os 39 anos, bateu também no próprio pai quando este esteve a viver com o casal.

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O casamento de 34 anos marcado pela violência começou da pior forma. Logo na noite de núpcias, o marido atirou a mulher totalmente nua para a rua, desferindo-lhe ainda um murro no olho. Depois das agressões, o homem ainda a forçou a relações sexuais.

No terceiro ano de casamento, a mulher já grávida de seis meses foi agredida “violentamente com murros e pontapés [com botas de biqueira de aço] nas várias partes do corpo e, mesmo caída no chão, continuou a pontapeá-la com força na zona dos rins, o que a levou a internamento hospitalar durante uma semana”, descrevem os juízes.

Após o nascimento da bebé, quando esta chorava, dizia à mulher que se não a calasse era “atirada pela varanda fora”.

A mulher chegou ao ponto de entrar no consultório do psiquiatra, que procurara devido a uma depressão causada pelas constantes agressões, cheia de sangue na cara após o marido lhe ter partido um candeeiro na cabeça. O agressor chegou a afirmar que aquele profissional era amante da mulher e quando ela recusava sexo era “porque já tinha ido à rua ter com o amante”.

A vergonha e o medo levaram a mulher a aguentar em silêncio mais de três décadas de abusos físicos e verbais.