Pai de recruta morto em prova dos Comandos em lágrimas: “Nunca se vai fazer Justiça pelo Dylan”
O pai de Dylan Silva, um dos jovens recrutas que morreram em setembro de 2016, durante uma prova do curso de Comandos, está revoltado com a decisão do tribunal no caso da morte do filho.
O tribunal decidiu absolver 16 dos 19 acusados, entre eles, o médico e o diretor do curso, tendo sido condenados apenas três instrutores dos Comandos. Lenarte Inácio foi condenado a 2 anos, Ricardo Rodrigues a 3 anos e Pedro Fernandes a 2 anos e 3 meses.
O pai de Dylan Silva está revoltado e em sofrimento, mas não acredita na justiça e não quer recorrer. “Para quê? Nunca se vai fazer Justiça pelo Dylan”, afirmou, em lágrimas.
O advogado da família das vítimas defende a anulação do julgamento. “Este tribunal disse não ser competente para julgar crimes não militares. Esperamos que a Relação anule isso e, em consequência, o julgamento. Senão vamos estar perante uma situação kafkiana com um tribunal civil a julgar essas condutas homicidas”, explicou.
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A procuradora Isabel Lima já anunciou que iria recorrer da decisão das absolvições do médico Miguel Domingues e do diretor do curso, assim como da condenação a pena suspensa de Ricardo Rodrigues. Por sua vez, o advogado do sargento Ricardo Rodrigues também anunciou o recurso da decisão para o Tribunal da Relação de Lisboa.