Responsáveis pelo acidente que tirou a vida Sara Carreira arriscam 5 anos de prisão
Depoimento de Ivo Lucas será fulcral para ligar todas as peças da investigação do acidente em que Sara Carreira morreu.
A entidade responsável por apurar tudo o que aconteceu no passado dia 5 de dezembro, ao quilómetro 61 da A1, em Santarém, é o Núcleo de Investigação de Acidentes de Viação (NICAV) da GNR de Santarém. As autoridades pretendem reconstituir todos os eventos que resultaram no aparatoso acidente que vitimou Sara Carreira.
O processo ainda pode demorar mais de mês. Isto porque as autoridades que investigam o acidente, não pretendem fechar o relatório com a ideia de deixar pontas soltas ou dúvidas por esclarecer.
É aqui que entra Ivo Lucas – condutor do Range Rover Evoque onde viaja com a namorada, Sara Carreira. O jovem cantor ainda se encontra internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ser submetido a uma operação ao pulso. Segundo fonte próxima do artista, Ivo Lucas encontra-se num estado emocional muito delicado e não se relembra bem do que aconteceu no acidente.
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As autoridades pretendem que estas perdas de memória possam desaparecer e Ivo seja capaz de relatar em primeira pessoa o que terá acontecido naquela noite. Para além do testemunho de Ivo, o relatório terá em conta muitas outras provas, como as imagens do sistema de videovigilância e radares presentes naquela autoestrada.
Para além destas evidência, junta-se a Centralina, ou “caixa negra” do automóvel, que regista todos os dados de circulação do veículo e os cálculos matemáticos resultantes das peritagens feitas no local.
As autoridades responsáveis pela investigação já têm a ideia que o Range Rover onde seguia o jovem casal seguia acima do limite legal de velocidade máxima, o que terá condicionado o facto do condutor não ter conseguido evitar a colisão com o automóvel imobilizado na via.
Só depois de concluído o relatório o Ministério Público (MP) irá partir para o indiciamento de responsáveis. Caso haja apuramento de culpados, o MP poderá fazer uma acusação de homicídio por negligência, punido até três anos de prisão (normalmente trocado por multa). Mais grave é o caso em que essa negligência seja considerada grosseira, o que pode levar a uma sentença de cinco anos, aqui já com prisão efetiva.
